CONSPIRAÇÃO NÃO PASSA RECIBO

Por: Marcelo Rodrigues - 28/04/2023 - Dia "D" - Coluna do Cel Rodrigues Compartilhe no Whatsapp


O próprio governo Lula armou a baderna do 8 de janeiro?

Um golpe de Estado consiste no derrube ilegal de um governo constitucionalmente legítimo por uma facção política, militares ou um ditador. Distingue-se de uma revolução na medida em que esta última é popular e emprega uma transformação social profunda. Os golpes de Estado podem ser violentos ou não, e podem corresponder aos interesses da maioria ou de uma minoria.

Tem este nome de golpe porque se caracteriza por uma ruptura institucional repentina, contrariando a normalidade da lei e da ordem e submetendo o controle do Estado (poder político institucionalizado) a pessoas que não haviam sido legalmente designadas (fosse por eleição, hereditariedade ou outro processo de transição legalista).

Após a tomada da Bastilha, no entanto, o termo revolução (ou contrarrevolução) passou a ser reservado para as mudanças profundas provocadas por intensa participação popular, da sociedade ou das massas. Assim, a expressão golpe de Estado tornou-se comum para designar a tomada de poder (ou a alteração das regras constitucionais) por vias excepcionais, à força, geralmente com apoio militar ou de forças de segurança.

Um golpe de Estado costuma acontecer quando um grupo político renega as vias institucionais para chegar ao poder e apela para métodos de coação, coerção, chantagem, pressão ou mesmo emprego direto da violência para desalojar um governo.

Crises institucionais costumam ser acompanhadas de revoltas - em parte, provocadas intencionalmente e, em parte, espontâneas -, com multidões ocupando os espaços públicos e desafiando a autoridade dos poderes estabelecidos, por vezes de maneira violenta. As revoltas geram situações de caos social, que podem ser exploradas tanto por aqueles que promovem golpes de Estado, como por aqueles que procuram defender o poder estabelecido;

E qual sua opinião sobre os atos do dia 8 de janeiro e suas evoluções um tanto quanto diferentes da normalidade, por assim dizer? A quem interessava a baderna que ocorreu em Brasília?

Filmagens do Palácio do Planalto, até então sigilosas, mudaram muito o entendimento público do ocorrido, bem como alguns pronunciamentos sobre as filmagens e o ocorrido.

A CNN divulgou imagens do Palácio do Planalto que mostram o Ministro de Estado do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), o General Gonçalves Dias, transitando na sede do governo federal, naquela tarde, orientando pacificamente manifestantes, mostram agentes do GSI apáticos e inertes, tudo diante de uma invasão dita como violenta e terrorista.

GSI

Marco Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI, foi promovido a general durante o governo Lula e cuidou da segurança do presidente desde 2003

A verdade sobre estes fatos começa a aparecer, pois o Palácio do Planalto tem uma guarda armada 24 horas por dia, a disposição do GSI para proporcionar segurança da sede do governo. Qual o motivo desta não ter sido utilizada?

Sobre o assunto, Ricardo Cappelli, atual ministro do GSI e interventor na segurança pública do Distrito Federal após os eventos de 8 Jan, diz saber o que viu e ouviu comandando as tropas no dia 8 de janeiro, após afirmar que: “O general Heleno "pilotou o carro" por 4 anos e entregou o "veículo" avariado e contido para o general G.Dias, que pilotou por apenas 6 dias. No 7° dia o carro pifou. De quem é a culpa? Não é possível falsificar a história. Conspiração não passa recibo”.

Estranho o interventor ter comandado tropas em 8 Jan, pois a intervenção só passou a valer depois do decreto presidencial assinado (o Sr Luiz Inácio não estava em Brasília) e publicado no Diário Oficial da União, o que não ocorreu no dia 8 de janeiro. Ou estão tentando falsificar a história? Mas uma colocação é verdade: “CONSPIRAÇÃO NÃO PASSA RECIBO”.

Não demorou muito, pois pensando friamente sobre o assunto, resta notório que a verdade está sendo ocultada, e após menos de 4 meses, as imagens gravadas, colocadas sob sigilo, e publicadas pela CNN mostram o general Gonçalves Dias, homem forte da confiança pessoal do Sr Luiz Inácio, em atitude amistosa, até de colaboração, com os supostos terroristas que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.

Houve uma tentativa de golpe? Quem foram seus verdadeiros patrocinadores?

A mídia militante alardeou aos quatro ventos sobre uma “tentativa de golpe” e “atos terroristas” contra os edifícios dos Três Poderes em Brasília, porém, resta claro, que foram feitos com a cumplicidade, e/ou com a participação, e/ou com o incentivo de integrantes do próprio governo federal.

A narrativa inicial foi de uma tentativa de golpe militar, mas os militares nada fizeram neste sentido, com a coordenação do ex-presidente, que estava no EUA (correndo o risco de ser preso por motivos políticos), e prenderam mais de 1.500 pessoas que, em sua maior parte, nem foram à praça dos três poderes.

O que se pode verificar nas imagens foi o homem mais poderoso dos serviços de segurança do governo (Ministro de Estado do GSI), circulando passivamente no meio dos invasores, enquanto seus subordinados ofereciam a eles cortesias e garrafas de água.

A quem interessavam os crimes cometidos no dia 8 de janeiro? Ao ex-presidente que estava nos EUA? Ou ao Sr Luiz Inácio? Acredito ferozmente que apenas para o atual presidente da república se vitimizar e acionar a mídia militante completamente subjugada para inundar os noticiários com falsas narrativas contra a direita, e justificar o STF estar atuando como uma delegacia de polícia repreendendo ilegalmente manifestantes que tiveram seu direito constitucional de expressar sua opinião roubado.

Outro fato que corrobora com uma versão de golpes tentado pelo próprio governo é a tentativa desesperada (com gastos de cargos e dinheiro público que flertam de muito perto com a corrupção) do PT em barrar a instauração da CPMI, que se não sair confirmará a farsa.

Segundo J.R. Guzzo, na reportagem da Gazeta do Povo de 20.04.23: Não estamos diante de mais um “equívoco”, uma “avaliação errada”, ou um “acidente”. O que está se vendo, com provas, é um ataque direto à democracia.

Com a revelação da ponta do iceberg das verdades, trancadas a sete chaves pelo governo, verifica-se que o próprio, com articulações, armadilhas, emboscadas e mentiras utilizou seus “companheiros” (criminosos, militantes e agentes do governo que aparelham todas as esferas do poder) para culpar os desavisados manifestantes de direito, que até podem ter feito alguma arruaça, mas nem de longe são os orquestradores de tal ato.

Está definitivamente provado que o governo federal foi conivente e omisso, não fazendo seu papel institucional para impedir as invasões (embora soubesse com antecedência que elas iriam acontecer), pois tinha um efetivo menor do que o normal (segurança diária da sede do governo) para cumprir o seu dever de defender os edifícios atacados.

Somam-se as evidências até aqui comentadas o fato do general ser demitido do cargo no dia que as imagens foram divulgadas. Mas se não fez nada de errado, porque a demissão? E se era conivente ou incentivador dos fatos, o que estava fazendo naquele local? Acompanhando os invasores? Verificando se suas ordens estavam sendo cumpridas?

O que estamos verificando, pelos atos e declarações do governo, do PT e dos seus militantes na mídia, como sempre para espanto de zero pessoas, é uma tentativa absurda de esfriar as verdades e ver se o povo esquece, pois, seu líder supremo “não sabia de nada”.

Na mesma enrascada que o Sr Luiz Inácio, seus indicados no governo, os militantes e a imprensa militante está o STF, pois o capitão do mato (o Sr Ministro Alexandre de Moraes), corrompendo a justiça e seus ditames e princípios, prendeu quase 1.500 pessoas, das quais cerca de 200 ainda estão presas e sendo julgadas em “lotes”. A maior subversão à lei e à justiça brasileiras, sem precedentes no mundo moderno.

Weber e Moraes visitam presos por atos terroristas em 8 de janeiro no  presídio da Papuda : Nill Junior

Rosa Weber e Alexandre de Moraes visitam presos por atos de 8 de janeiro no presídio da Papuda

Diga-se de passagem, a maior parte dos manifestantes presos fez o mesmo que o general Gonçalves Dias foi flagrado fazendo – deram um passeio pelo Palácio do Planalto, com bandeira do Brasil nas costas. Por muito menos o ex-secretário de Segurança de Brasília (Anderson Torres), que estava nos Estados Unidos no dia dos crimes, está preso fazem três meses e sem previsão de ser liberado.

No mesmo sentido, tivemos o Governador do DF afastado do cargo e uma intervenção federal determinada, e o atual Presidente da República continua tentando corromper ainda mais o sistema para justificar suas atitudes e desmandos.

Como explicar ou sustentar a legalidade dos atos dirigidos aos contrários e aos favoráveis ao governo do Sr Luiz Inácio? Tanto o Presidente da República, quanto o Sr Ministro Alexandre de Moraes vão, mais uma vez, fingir demência, afirmar que não sabiam de nada, que as imagens que estão no inquérito do STF são desconhecidas? Que todos são iguais perante a lei?

O que estamos vivenciando é a tentativa desesperada de um grupo de poderosos que comandam o sistema tentando ocultar a verdade e impor narrativas mentirosas para justificar a sua perpetuação no poder e seus atos inconstitucionais.

Caro eLEITOR, uma coisa é certa, finalmente, a verdade começa a aparecer depois de vários esforços da equipe do governo federal, com o apoio do STF, para fazer uma investigação parcial e das pessoas que interessam, para colocar sigilo de 5 anos nas imagens que vazaram, para impedir a instauração de uma CPMI, para conseguir a presidência da CPMI, enfim, para fazer algo muito semelhante a um golpe de Estado, impondo a sua narrativa para justificar tantas atrocidades que já foram cometidas.

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