IRPF 2022

Por: Marcelo Rodrigues - 25/05/2023 - Dia "D" - Coluna do Cel Rodrigues Compartilhe no Whatsapp


Está terminando o prazo para os cidadãos fazerem a declaração do Imposto de renda pessoa física em 2023!

A Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) é uma obrigação de todos os cidadãos brasileiros, e o prazo para o cumprimento do dever de declarar está se encerrando no próximo 31 de maio. Após este prazo, o contribuinte deverá pagar multa de 1% ao mês ou fração de mês de atraso sobre o imposto de renda devido em 2022. O valor mínimo da multa é de R$ 165,74 e pode atingir, no máximo, 20% do IR devido.

Vejamos alguns esclarecimentos que podem ajudar a quem ainda não cumpriu com sua obrigação:

As alíquotas para o IRPF dos rendimentos recebidos em 2022 são as seguintes:

 

 

1. A declaração pode ser feita por um contador da sua confiança ou pessoalmente. Nesta última opção ela pode ser confeccionada com o aplicativo (https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/centrais-de-conteudo/download/pgd/dirpf) ou diretamente no portal da Receita Federal (https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login) com o acesso pelo sistema govbr  (nível prata e ouro).

2. A previsão de restituição, para que tiver direito, será realizada em cinco lotes com as seguintes datas de pagamento: 31/05, 30/06, 31/07, 31/08 e 29/09.

3. Reúna seus comprovantes de rendimentos (informes de rendimentos de empregadores, comprovantes de recebimento de aposentadorias, informes das distribuições financeiras, blocos do produtor, entre outras formas de comprovar rendimentos – o site da receita traz uma planilha pré-preenchida para ser acrescida de valores não constantes nela) e recibos de gastos (recibos e notas fiscais de serviços médicos e odontológicos, notas fiscais de  despesas com educação, comprovantes de aluguel, comprovantes de obras e reformas em imóveis

4. Analise os dependentes, alimentados e gastos dedutíveis com os mesmos, que podem e devem integrar sua declaração.

5. Outra escolha que deve ser feita é se a declaração será completa ou simplificada, pois ambas são aceitas e, em muitos casos, com o desconto simplificado único de 20% sobre a base de cálculo (limitado a R$ 16.754, 34) pode ser vantajoso para quem não tenha como comprovar gastos dedutíveis. Mas a melhor escolha é a que resultar em um menor imposta a ser pago

6. A declaração de bens e seus rendimentos (imóveis, veículos, investimentos, etc) também deve estar contemplada de modo correto para evitar complicações com o leão.

7. Fazer a declaração do imposto de renda não é uma tarefa fácil, mas deve ser feita, transmitida e os documentos guardados pelos cinco anos seguintes a confecção da declaração, ou seja, a declaração realizada em 2023 deve ter todos os comprovantes guardados de 2024 a 2028.

Com estas poucas dicas, corra atrás da documentação, de esclarecimentos complementares sobre cada item aqui citado e mãos à obra.

 


 

49ª REUNIÃO DO G7

O G7, formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, reúne os países com as maiores economias do planeta, segundo o FMI.

O G7 ou Grupo dos Sete é um fórum integrado por sete nações que, juntas, representam metade da economia mundial. O grupo reúne-se periodicamente desde 1975 para discutir questões relacionadas à economia.

Este ano aconteceu a 49ª reunião do G7, nos dias 21 a 23 de maio, e teve como sede a cidade de Hiroshima no Japão e reuniu: o Primeiro Ministro do Japão, Fumio Kishida; o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden; o Primeiro Ministro do Canadá, Justin Trudeau; a Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz; o Presidente da França, Emmanuel Macron; a Presidente do Conselho de Ministros da Itália, Giorgia Meloni; o Primeiro Ministro do Reino Unido, Rishi Sunak; a Presidente da Comissão Europeia da União Europeia, Ursula von der Leyen; e o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Ainda, teve 16 convidados, a saber: o Primeiro Ministro da Austrália (Anthony Albanese), o Presidente do Brasil (Luiz Inácio Lula da Silva), o Presidente do Comores (Azali Assoumani), o Primeiro Ministro das Ilhas Cook (Mark Brown), a Primeiro Ministro da Índia (Narendra Modi), o Presidente da Indonésia (Joko Widodo), o Presidente da Coreia do Sul (Yoon Suk-yeol), o Presidente da Ucrânia (Volodymyr Zelensky), o Primeiro Ministro do Vietnã (Phạm Minh Chính), o Director Executivo da Agência Internacional de Energia (Fatih Birol), a Diretora-Geral do Fundo Monetário Internacional (Kristalina Gueorguieva), o Secretário Geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Mathias Cormann), o Secretário Geral da Organização das Nações Unidas (António Guterres), o Presidente do Banco Mundial (David Malpass), O Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde (Tedros Adhanom), e a Diretora Geral da Organização Mundial do Comércio (Ngozi Okonjo-Iweala).

Estes convidados são meros coadjuvantes da reunião, mas é uma oportunidade de aproximação política entre os integrantes e os convidados.

Ocorreram diversas reuniões bilaterais, por exemplo o Presidente da Ucrânia aproveitou para angariar aliados à sua causa contra a Rússia. O que gerou certa polêmica com o Brasil, pois o Sr Luiz Inácio não respondeu ao pedido de Zelensky e acabou virando chacota internacional.

Mas qual o verdadeiro motivo da não aceitação do convite por parte do Brasil? Receio de ser mal interpretado por Rússia e China? O que tenta esconder? O fato é que o Presidente brasileiro, em plena campanha eleitoral de 2022, fazia pouco caso da guerra, afirmando que resolveria tudo em uma conversa informal regada a cerveja. Pura fake news (deveria ser incluído no inquérito do fim do mundo), na hora que poderia realmente fazer a diferença não aceitou o convite e colocou a política externa brasileira sob suspeita perante as 7 maiores economias do mundo.

Os países do G7 possuem, juntos, cerca de 10% da população mundial e 45% da renda nacional bruta mundial, certamente bons parceiros econômicos, sem falar que são democracias invejáveis, ao passo que o atual alinhamento da nossa política externa aponta a direção de ditadores socialistas.

O discurso do Sr Luiz Inácio foi agressivo, confrontando a posição dos componentes do G7, sem fazer parte do grupo e sendo apenas um convidado, ou seja, não entendeu seu papel e a busca de aproximação com o Brasil e sua influência na América Latina, ou entendeu e realmente quis confrontar?

Dentre as colocações arrogantes, podemos destacar:

“(...) Quando aqui estive pela última vez, na Cúpula de L´Áquila em 2009, enfrentávamos uma crise financeira global de proporções catastróficas, que levou à criação do G-20 e expos a fragilidade dos dogmas e equívocos do neoliberalismo. O ímpeto reformador daquele momento foi insuficiente para corrigir os excessos da desregulação dos mercados e a apologia do Estado mínimo. A arquitetura financeira global mudou pouco e as bases de uma nova governança econômica não foram lançadas. Houve retrocessos importantes, como o enfraquecimento do sistema multilateral de comércio. O protecionismo dos países ricos ganhou força e a Organização Mundial do Comércio permanece paralisada. Ninguém se recorda da Rodada do Desenvolvimento. Os desafios se acumularam e se agravaram. A cada ameaça que deixamos de enfrentar, geramos novas urgências. O mundo hoje vive a sobreposição de múltiplas crises: pandemia da Covid-19, mudança do clima, tensões geopolíticas, uma guerra no coração da Europa, pressões sobre a segurança alimentar e energética e ameaças à democracia. Para enfrentar essas ameaças é preciso que haja mudança de mentalidade. É preciso derrubar mitos e abandonar paradigmas que ruíram. O sistema financeiro global tem que estar a serviço da produção, do trabalho e do emprego. Só teremos um crescimento sustentável de verdade direcionando esforços e recursos em prol da economia real. O endividamento externo de muitos países, que vitimou o Brasil no passado e hoje assola a Argentina, é causa de desigualdade gritante e crescente, e requer do Fundo Monetário Internacional um tratamento que considere as consequências sociais das políticas de ajuste. Desemprego, pobreza, fome, degradação ambiental, pandemias e todas as formas de desigualdade e discriminação são problemas que demandam respostas socialmente responsáveis. Essa tarefa só é possível com um Estado indutor de políticas públicas voltadas para a garantia de direitos fundamentais e do bem-estar coletivo. Um Estado que fomente a transição ecológica e energética, a indústria e a infraestrutura verdes. A falsa dicotomia entre crescimento e proteção ao meio ambiente já deveria estar superada. O combate à fome, à pobreza e à desigualdade deve voltar ao centro da agenda internacional, assegurando o financiamento adequado e transferência de tecnologia. (...) Não faz sentido conclamar os países emergentes a contribuir para resolver as “crises múltiplas” que o mundo enfrenta sem que suas legítimas preocupações sejam atendidas, e sem que estejam adequadamente representados nos principais órgãos de governança global. (...) Sem reforma de seu Conselho de Segurança, com a inclusão de novos membros permanentes, a ONU não vai recuperar a eficácia, autoridade política e moral para lidar com os conflitos e dilemas do século XXI. (...)”

O fato é que o G7 buscou a aproximação com o Brasil, e nós perdemos a oportunidade de realmente nos posicionar com educação e firmeza, mas nossos representantes foram arrogantes e presunçosos. Perdemos a oportunidade.

Caro eLEITOR, estamos apreciando, novamente, o nosso Brasil ser mal representado no exterior, com a comitiva brasileira utilizando o dinheiro público sem compaixão para buscar ajuda para a Argentina (Haddad foi com essa missão), desdenhando de possibilidades reais de colocação entre os países que podem fazer a diferença a nível mundial. Sem falar que a única moeda de troca que foi realmente ventilada, até hoje,  no exterior foi dizer que a Amazônia é patrimônio que deve ser protegido pelo Mundo, colocando nossa soberania completamente a mercê de dinheiro internacional. Quem pagar mais leva?

 

 

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